
A cultura aborígine caracteriza-se pela forte união de todos os seres – o Sol, o ar, a chuva, os animais, as plantas, os humanos... –, com a Natureza, o Ser superior que integra tudo. Nesta concepção, o ser humano não é superior, mas partilha a Natureza com os demais seres e todos são indispensáveis. E os humanos devem honrar a Natureza em tudo o que fazem.
Quando trabalham, rezam se divertem e em qualquer outra atividade, os aborígines usam a arte como meio de comunicação. Os instrumentos de trabalho são feitos com mestria e destreza e levam pinturas e inscrições, onde se contam as histórias do povo, do clã ou da pessoa, e se evoca a relação com as divindades. As pinturas do corpo ou em cascas de eucalipto usam como tema a mitologia ou retratam cenas do quotidiano.
A música é, sobretudo vocal. O principal instrumento musical é o “didgeridu”, que é a representação da Mãe Serpente, a criadora da Terra, e que consiste num tronco oco que amplia sons vocais. Para marcar o ritmo das mímicas e das danças usam-se bastões.
Há no deserto, lugares de grande valor histórico, cultural e sagrada do como monólitos gigantes e crateras de meteoritos. De entre eles destacam-se três formações rochosas: o “Chambers Pillars”, o “Kata Tjuta” e a “Ayers Rocks”. Durante o pôr-do-sol, as rochas refletem a luz solar e parecem estar em brasa. À medida que o Sol se põe, a pedra torna-se acinzentada, até acabar totalmente negra.


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